Dia 58: Isla de Flores
- marianaoliveiracos2
- 6 de mar. de 2022
- 4 min de leitura
Flores é uma ilha que fica na região de Petén, que está a 1 hora de Tikal e a 10 minutos do aeroporto. O nosso plano inicial previa passarmos duas noites em Tikal, mas há umas semanas decidimos passar só uma noite e tirar um dia para conhecer Flores, pelo que assim decidimos dormir aqui para passar um dia tranquilo antes de fazermos mais uma viagem de avião.
Em boa hora tomámos essa decisão, porque tivemos um dia óptimo por aqui e serviu para carregar umas baterias depois dos dias anteriores que tinham sido algo cansativos. Decidimos que iríamos dormir sem qualquer pressa para acordar e que teríamos um dia mais soft. Apesar de todo o barulho que fomos ouvindo durante a noite, por termos o quarto no primeiro andar e o isolamento ser inexistente para a rua, acordámos todos por volta das 9h00. Como tínhamos que sair do quarto às 11h00 deixámos logo tudo pronto, descemos para o pequeno almoço e já de barriga cheia decidimos fazer um tour de barco pelo lago que está à volta de Flores. Sendo a ilha bastante pequena e com pouco interesse, este era o programa mais recomendado a fazer.
Depois de negociado com dois barcos distintos e apesar de ambos terem descido até ao mesmo preço, optámos por aquele que parecia perceber mais e que seria mais flexível a eventuais mudanças de última hora.
O nosso primeiro destino foi o Zoológico de ARCAS que faz um trabalho espectacular de recuperação de animais que foram vendidos de forma ilegal a particulares e depois resgatados pela polícia. É pequeno e tem poucos animais, mas foi bom do ponto de vista pedagógico para explicar ao Martim e à Vera o porquê de não se poder vender certo tipo de animais. À saída havia um jogo de “jenga” em tamanho grande e aproveitámos para jogar um bocado e depois do jogo claro que os miúdos começaram a fazer “construções” com as peças.
















Próximo destino do barco era um miradouro que supostamente tinha uma boa vista sobre o lago. Segundo o senhor que nos levou no barco era apenas uma subida de 10 minutos e estaríamos no ponto mais alto do miradouro. Quisemos muito acredito nisso, porque não tínhamos levado mochila para a Vera e o Martim (pai) estava de Havaianas! Confirmou-se a informação e passados 10 minutos estávamos no miradouro ou na estrutura de madeira que nos permitiria ter uma vista sobre Flores e sobre o lago. Como a dita estrutura tinha sido pintada ontem, um senhor pediu-nos que subíssemos descalços e logicamente que cumprimos.
No caminho para baixo fomos "escoltados" por 3 cães o que deixou a Mariana e os miúdos à beira de um ataque de nervos!
Chegados ao barco e a próxima paragem era uma praia. Este era claramente o destino que menos nos apetecia, porque começámos logo a imaginar uma coisa sinistra. Sendo domingo então, a tendência seria piorar.











Passados cerca de 15 minutos a nossa expectativa bateu em cheio na realidade e para grande espanto do senhor, que horas antes nos tinha perguntado se queríamos ficar na praia 1 ou 2 horas, pedimos que desse meia volta, pois não tínhamos ideia de ficar na praia. Não só não tinha areia, mas sim um espécie de gravilha, como estava completamente à pinha!
Pedimos ao senhor que parasse no meio do lago e nos deixasse dar uns mergulhos aí desde o barco. Voltou a ficar empatando com este nosso pedido, mas lá acedeu, desligou o motor e deixou-nos tomar um banho óptimo.










Já estávamos há quase 3 horas no passeio e era hora de voltar a Flores para almoçarmos, a Vera fazer uma sesta e irmos apanhar o avião.
Almoçámos no restaurante Raices que tem uma vista espectacular sobre a lagoa e para o pôr do sol. Pedimos uma pizza que era boa e como ficámos numa mesa junto ao lago, o Martim estava fascinado a atirar pão para os peixes e para uma tartaruga que entretanto apareceu. Nisto a Vera dormia ferrada no carrinho!
Pedimos um hambúrguer para a Vera e acordou quase em simultâneo com a chegada do prato. Teve um acordar muito engraçado, porque abriu os olhos e imediatamente pediu para se sentar à mesa e começar a comer. Devia ter estado a sonhar com comida! Deu a primeira garfada e ao ver a brincadeira do "mano" com os peixes, não mais se sentou e acabou a intercalar garfadas de comida com dar pão aos peixes.


Às 17h45 estávamos pontualmente prontos na recepção do hotel para sairmos rumo ao aeroporto. Pouco antes das 18h00 chegámos e fizemos o nosso check-in. Desta vez, felizmente, não implicaram com os 4 kgs que tínhamos a mais e não pediram para pagar.
Neste regresso à Cidade da Guatemala o avião já era uma coisa um bocado mais civilizada e o Martim (pai) já ficou mais confortável! O vôo foi rapidíssimo (30 minutos) e quando chegámos, apesar de já passar das 20h00 e dos miúdos estarem a começar a dar sinais de cansaço, ainda fizemos uma reclamação por termos uma mala a começar a ficar bastante mal tratada na esperança de nos darem uma nova. Tudo durou cerca de 20 minutos e no final percebemos que dificilmente iremos receber algo!
Hoje viemos dormir no hotel do primeiro dia, por ser perto do aeroporto e por amanhã termos novo vôo para a Cidade do México. Jantámos igualmente mal, mas como eram 21h15 só queríamos mesmo comer alguma coisa para depois irmos dormir.






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