Dia 28 e Pura Vida!!

Hoje foi sem dúvida um dia em que conseguimos conhecer o que de melhor a Costa Rica tem para oferecer: natureza no seu esplendor!

Saímos a horas não muito próprias para fazer uma caminhada em direcção a uma cascata, mas como temos ido sempre mais ao ritmo das crianças do que ao nosso, decidimos continuar sem puxar muito, porque em equipa que ganha não se mexe. Eram 11h30 e estávamos à porta da catarata de La Fortuna prontos para descer (e depois subir!) os mais de 500 degraus. A Vera ia na "mochila" às costas do Martim e o Martim (filho) ia a pé. Não estávamos muito confiantes que se iria aguentar todo o tempo, mas deixou-nos cheios de orgulho e conseguiu fazer tudo pelo próprio pé.

Comprámos os bilhetes para entrar e em menos de 20 minutos já tínhamos descido e estávamos de frente para a cascata. Impressiona pela sua altura, mas também pelo verde todo que há à volta. O facto de não termos ido a uma hora muito convidativa, em particular por causa do calor, fez com que talvez houvesse menos gente do que o normal a tentar tomar banho/tirar fotografias. Foi óptimo porque deu para o Martim dar uns mergulhos e ainda tirarmos a fotografia pirosa da família com a cascata por trás. Os miúdos que estavam todos entusiasmados por mergulhar por baixo da cascata, mas acabaram por desistir porque estava uma parte à sombra e a água não é propriamente quente. O Martim (filho) ainda se foi molhar até à cintura, mas depois ficou estendido nas pedras ao sol durante 30 minutos a aquecer! Esse período serviu para a Vera descansar um bocado ao colo e ficarmos a observar as figuras ridículas que a grande maioria das pessoas faz para ter a melhor (e principalmente mais diferente) fotografia para as redes sociais.

Estávamos vestidos e prontos para ir embora quando decidimos descer mais umas escadas para ver o rio la Fortuna que seguia da cascata. Como a água aqui era bastante mais calma, o Martim quis logo aventurar-se e a Vera como imita o irmão em tudo também foi para dentro de água. Ficaram os dois a brincar todos contentes com as pedras e rochas que há no meio do rio. Nós aproveitámos para carregar umas baterias e nos mentalizarmos que agora teríamos que subir tudo o que havíamos descido.

O ritmo foi naturalmente diferente do da descida, mas mesmo assim demorámos um bocado menos de 30 minutos a subir. Chegados ao topo era hora da recompensa das crianças e íamos dar um gelado, mas só havia frozen yogurt, que não quiseram, pelo que acabaram a comer um pacote de M&M's!

Já passava das 14h30 e ainda ninguém tinha almoçado. A ideia era ir comer alguma coisa a La Fortuna e depois seguirmos para as Mistico Hanging Bridges. Decidimos ver no Google Maps a quanto tempo era e ainda ficava a 30 minutos, sendo que tinha um problema maior que era o facto de dizerem que a última entrada era às 15h50. Visto que estávamos altamente apertados decidimos que o almoço dos miúdos seriam umas bolachas e ovos cozidos que tínhamos trazido do pequeno almoço e o nosso...absolutamente nada! Como amanhã vamos para Santa Teresa queríamos mesmo fazer este programa e por isso decidimos que todos nos iríamos sacrificar um bocado em termos de fome e a Vera com a sesta. Se a comida foi pouca, a sesta da Vera foi praticamente inexistente! Deve ter dormido uns 20 minutos no carro e só foi "tanto" porque enquanto o Martim foi comprar os bilhetes para entrarmos no parque, ela continuou no carro a dormir mais um bocado.

No parque de estacionamento há vários "coatis" que são guaxinins e que anseiam pelos visitantes lhes darem comida. Enquanto o Martim estava a comprar os bilhetes uma das coisas que a senhora disse foi "faça o que fizer, mas não dê de comer aos animais". Quando o Martim chegou ao carro estava a Mariana e o Martim a darem comida aos guaxinins. Como eles andam sempre em bando, de repente tínhamos uns 20 à nossa volta e claro que a Mariana e o Martim saltaram para dentro do carro apavorados!

Quando perceberam que o caminho estava livre, saíram do carro e acordámos a Vera para voltar novamente à mochila e fazermos os 3,2km do parque. Mais uma vez aqui o Martim nos surpreendeu e foi o caminho todo a pé "sem ai nem ui".

Ainda bem que comemos menos e a Vera dormiu pouco, porque valeu mesmo a pena a volta. Andamos literalmente no meio da floresta, sempre muito bem organizado e a passagem pelas pontes é espectacular. A Mariana, que tem imensas vertigens, teve vários momentos de pânico e o Martim (filho) como não percebe o que isso significa ficava a saltar e a correr na ponte, o que aumentava ainda mais a ansiedade da Mariana que estava apavorada!

Passado 1h30 chegávamos ao fim do nosso passeio. Ainda deu para tirar mais umas fotografias na zona da entrada, junto ao restaurante, porque a vista que há nessa zona para o para o vulcão é linda de morrer.

O "prémio" por tanto o Martim como a Vera se terem portado lindamente todo o dia era poderem ir à piscina e ao jacuzzi que temos no hotel. Já estava a ficar de noite e eles ficaram apavorados por não receberem o prémio, mas como temos por lema que "quando se promete, cumpre-se", chegámos ao hotel e lá foram eles dar os mergulhos alternados entre água fria e água quente. Estavam felizes da vida, mas ao fim e quase 45 minutos tivemos que acabar com a brincadeira porque era hora de tomar banho e já agora jantar qualquer coisa!

Na recepção recomendaram que fôssemos ao Pollo Fortuneño e a Vera e o Martim ficaram radiantes com a possibilidade do menu ser frango assado com batatas fritas. Nós não ficámos tão entusiasmados, mas como seguramente ia ser algo que eles iam gostar e ser rápido, decidimos seguir a recomendação.

A acompanhar o frango e as batatas fritas, vinha um puré de feijão preto que fez as delícias das crianças. Estavam fascinados a "molhar" as batatas fritas e o arroz nesse puré.

Contas feitas e ficámos todos contentes com o jantar! Era hora de regressarmos à base e dormirmos que o dia de hoje foi agitado e com pouco descanso.