Dia 27: chegámos a Arenal
- marianaoliveiracos2
- 29 de jan. de 2022
- 4 min de leitura
Dormir em hotéis junto aos aeroportos é sempre sinónimo de pouco descanso. Em geral são hotéis mais barulhentos do que o normal, pela entrada e saída constante de pessoas.
Apesar de nos termos deitado já passava da 00h00, às 9h00 a Vera já estava a acordar e o Martim segui-a pouco depois. O Martim (pai) já estava a pé para ir alugar um carro e para ir buscar a sua prancha. Como ia à UPS aproveitou para levar algumas roupas e brinquedos que trouxemos a mais de Portugal na esperança de tentar enviar de volta para ver se conseguíamos reduzir o número de malas!
Infelizmente a única boa notícia na UPS foi que a prancha estava lá, porque não enviam roupa em "segunda mão" como eles chamaram. Recomendaram que víssemos na concorrência e o Martim lá foi até a uma loja da DHL. Ao pesar o que queríamos enviar, o senhor, com alguma vergonha, mostrou o quanto poderia custar. Foi possivelmente das decisões mais fáceis de tomar: vamos continuar a levar estes 10kgs às costas! Não estamos com excesso de peso e sempre escusamos de gastar....350€!!!
A Mariana, que tinha ficado no hotel com o Martim e a Vera, tinha tomado o pequeno almoço e aproveitado para os meter na piscina para gastarem algumas energias antes de se enfiarem durante 3 horas num carro. Como a piscina estava "fria" para os parâmetros dos miúdos, acabaram por não mergulhar e ficaram só a limpar as folhas que estavam na piscina com um daqueles "camaroeiros" gigantes.
Depois das várias voltas, já passava do 12h00 quando o Martim voltou ao hotel. Era preciso tirar as coisas do quarto, dar almoço aos miúdos e seguir viagem. Antes de entrar no carro ainda surgiu aquele clássico problema e desespero que é meter a cadeirinha de bebé presa no carro. Bem dito isofix que nos safa, mas quando não há, não há bom feito que aguente. Ficamos os dois furiosos!

Passados 30 metros da porta do hotel, já a Vera tinha adormecido! O Martim vinha a jogar um jogo muito giro connosco. São umas cartas onde estão desenhos de carros, motas, escavadoras, animais, tipos de estradas diferentes, etc...e quem for encontrando na estrada o que aparece na carta vai ganhando. É uma boa forma de fazer o tempo passar nas viagens de carro!
Como a grande maioria dos países desta região, também na Costa Rica chove bastante pelo que o verde que nos acompanha ao longo das viagens é lindo de morrer. A grande maioria da paisagem foi apreciada apenas pelo Martim, visto que entretanto a Mariana também tinha adormecido e no banco de trás os miúdos estavam os dois ferrados.
Quando o Martim acordou ainda nos faltava cerca de 1 hora de viagem e ele começou a queixar-se da barriga. Com medo que voltasse a vomitar, quisemos parar o carro o mais rapidamente possível. Só não foi logo imediato, porque a estrada onde estávamos não tinha berma! Mal encontrámos uma aberta, os dois Martims saíram do carro e o Martim filho, depois de fazer um xixi, disse que queria fazer cocó! A primeira pergunta que geralmente vem é "Mas não aguenta até ao hotel?" e usualmente a resposta é negativa, pelo que vá de baixar as calças, abrir o pernil e começar a fazer cocó na berma da estrada! Do carro as meninas assistiam incrédulas à cena, mas depois disso não mais o Martim se queixou de dores de barriga!



Ficou fã deste "tapa olhos" que nos deram na TAP quando fomos para o Rio de Janeiro.

Passados 30 segundos desta fotografia a Mariana adormeceu também!



Uns kms antes de chegar ao hotel começamos a ver o vulcão ao longe e hoje felizmente não tinha nuvens à volta e por isso dava para ter uma visão claríssima. O Martim (filho), que adora dinossauros e vulcões, estava maravilhado com o cenário! Entretanto chegámos ao hotel e foi daquelas boas surpresas que é melhor do que parece no Booking. O quarto é enorme e a casa de banho também.







Hoje já tínhamos planos para depois de chegar: dar uns mergulhos nas "Hot Springs" do Tabacon Resort e depois jantarmos por lá. O nosso objectivo inicial seria chegar lá ainda de dia e depois dar uns mergulhos com o sol a pôr-se e jantarmos pelas 19h30. Como as voltas de manhã demoraram mais que o previsto, acabámos por só chegar às piscinas perto das 18h30 e a essa hora aqui na Costa Rica já é noite serrada. Não deu para perceber muito a envolvência, mas deu para os miúdos se divertirem brutalmente. Claro que amaram dar mergulhos com água quente e à noite. Estavam felizes durante os quase 45 minutos de banhos. A única pessoa menos feliz com esta situação era mesmo o Martim (pai) que odeia piscinas e em particular estas com água quente! Foi uma enorme prova de amor ter estado lá dentro!
Era hora de ir jantar, porque tínhamos comprado um "Pack" que inclui a entrada a partir das 18h00 nas piscinas e jantar a seguir.
A comida não impressionou, mas como sempre às refeições ainda nos divertimos com os miúdos a brincar aos médicos. Na mesa ao lado, um casal de americanos ficou fascinado com o Martim e a Vera e meteram conversa connosco. Quando lhes explicámos o que estávamos a fazer disseram que éramos completamente loucos, porque eles tinham ido uma vez com os netos num cruzeiro à Disney e tinham jurado para nunca mais.
Muitas vezes nos perguntámos e perguntamos se não somos mesmo meio loucos ao fazer esta viagem, mas antes de nos deitarmos todos e fazermos o balanço em conjunto sobre o dia, vamos sempre dormir com a certeza de que estamos a fazer a coisa certa e que isto só nos trará coisas boas no futuro.







Mesmo já não estando no Perú continuamos a pedir ceviches!
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