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Dia 22: Pisaq, o nosso Machu Picchu

  • marianaoliveiracos2
  • 24 de jan. de 2022
  • 4 min de leitura

Uma vez que íamos ficar 4 noites em Cusco e que a própria da cidade se vê num dia, decidimos que iríamos tirar o máximo partido de tudo o que houvesse para visitar à sua volta.

O motorista do dia anterior tinha-nos falado sobre uma série de programas que poderíamos fazer e decidimos confiar na sua capacidade enquanto guia turístico também.

Às 11h00 estávamos a sair de Cusco rumo ao Vale Sagrado e mais concretamente a Pisaq. Iríamos visitar o mercado tradicional e depois íamos ao Parque Arqueológico, que segundo o Eliassar (nome do motorista), era quase tão bonito como Machu Picchu.

Tendo em conta que a nossa viagem ao Perú está fértil em “surpresas”, chegámos a Pisaq e o mercado estava fechado por estar em manutenção e o Parque Arqueológico só se poderia entrar a partir das 15h00, porque a estrada estava cortada por trabalhos que estavam a fazer. Aqui percebemos que claramente o Eliassar era motorista e não guia! No entanto, estava determinado em provar-nos que seria capaz de nos levar ao Parque Arqueológico e tudo iria fazer para que conseguíssemos entrar.

Fomos até ao limite onde a estrada cortada e onde logicamente já havia uma série de vendedores ambulantes à espera de turistas famintos de bugigangas peruanas. Olhámos para o relógio e eram 13h00, ou seja, faltavam 2h para podermos iniciar a subida até ao Parque. Ainda perguntámos se poderíamos ir a pé, mas ele disse que eram 2h sempre a subir e que não recomendava com as crianças. Na nossa cabeça o único pensamento era “vamos voltar para Cusco e ficamos a passear por lá”. O Eliassar insistia que devíamos esperar e tirava sempre uns 20 minutos ao tempo de espera. Do sítio onde estávamos parados, via-se um rio uns metros mais abaixo. Tínhamos o Martim (filho) num exctiamente enorme por estar a usar, pela primeira vez, as “botas de escalada” como ele chama. Por isso fez uma pressão enorme para descermos até ao rio. Pensámos que seria uma forma de queimar algum tempo, pelo que alinhámos na proposta dele e lá fomos até ao rio. Foram 10 minutos a descer e 15 a subir e deixámos o nosso filho radiante por usar as botas e a Vera encantada porque estava desde o 1º dia do Rio de Janeiro a implorar para andar na “mochila das costas”.

Entre chegar onde estava o carro e dar almoço aos miúdos com o que tinha sobrado do jantar, já só faltavam 40 minutos para a estrada abrir. Entretanto apareceu uma senhora com um lama e uma filha da mesma idade da Vera vestida com trajes típicos de cá que fez as delicias de todos, por isso entre fotografias e conversa, isso conseguimos queimar mais uns minutos.













A Vera estava fisgada na bolacha da "menina das cores", antes ir dormir disse que tinha ficado triste com ela porque não lhe tinha dado nem um bocadinho. Atenção que ela nunca chegou a pedir.






15h00 em ponto já estávamos nós numa pequena fila de carros prontos para começar a subir. Como às 15h00 em ponto, ainda não tinham aberto as cancelas lá se começam a ouvir as primeiras buzinas. Percebemos que é algo muito comum por estas bandas. É impressionante a quantidade de vezes que os carros buzinam. Sob pressão, passado 4 minutos, os senhores lá abriram a cancela. Antes de chegar tivemos que parar na bilheteira e comprar 2 bilhetes que ainda dariam para outros 3 pontos turísticos.

Assim que entrámos no Parque Arqueológico ficámos logo bastante gratos pela pressão que o Eliassar nos fez em esperarmos para subir. Tudo o que se possa escrever ou mostrar fotografias não serve para explicar a beleza daquele lugar. Não éramos mais do que 20 pessoas a visitar o que tornou tudo ainda mais espectacular. Enquanto esperávamos que a estrada abrisse conseguíamos ver uma parte e não nos entusiasmava particularmente, mas assim que chegamos lá acima ficamos completamente banzados com a dimensão. A tranquilidade que o espaço nos passa é impressionante. Poderíamos ter ficado um dia inteiro ali que não nos importaríamos. Mesmo com a dificuldade da altitude (está a 4.100m) e com o facto do Martim levar a Vera às costas (literalmente) explorámos todos os cantos do Parque Arqueológico.





















Passadas quase 2h e já com o Martim e a Vera muito cansados, voltámos ao carro e seria hora de voltar a Cusco. No caminho para Pisaq tínhamos passado por uma série de miradouros e parques arqueológicos que achámos que iríamos visitar não fosse a restrição de só podermos entrar às 15h00! Só deu mesmo tempo para pararmos num miradouro que tinha uma vista óptima sobre o Vale Sagrado.



Chegados a Cusco, deixámos as mochilas na recepção e fomos directos jantar ao Cicciolina. O Martim e a Vera tinham adormecido no carro e por isso tirá-los de lá não foi tarefa fácil, mas enquanto caminhávamos para o restaurante demos de caras com uma ovelha e um lama e de repente parecia que eles tinham molas tal foi a rapidez com que saíram disparados para os animais!







Uma das recomendações “da casa” do restaurante Cicciolina era um carpaccio de alpaca que confessamos não tivemos coragem de pedir. Supostamente é muito bom, mas fez-nos alguma confusão ter estado a dar festinhas aos animais à tarde e à noite jantá-los.


Como tínhamos chegado ao restaurante pouco passava das 19h00, íamos conseguir deitar todos cedo e tentar descansar, porque na noite anterior enquanto as crianças “roncavam” ferradas, nós não conseguimos praticamente pregar olho. Seguramente foi a primeira noite de adaptação à altitude e a esperança é que hoje consigamos dormir.

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