Dia 20: Lima ou quase Lima!
- marianaoliveiracos2
- 22 de jan. de 2022
- 5 min de leitura
Sendo no Perú menos 2h que na Argentina, apesar de nos termos deitado perto da 01h00, eram 9h10 e já a Vera começava a dar os primeiros sinais de vida. O Martim, coitado, só pedia para ela se calar porque dizia que continuava cheio de sono. Dada a dificuldade em mantê-la quieta e calada a solução passou por "enfiá-la” no banho e com isso ganharíamos tempo para o Martim começar a acordar.
Banho das meninas tomado e foram andando para o pequeno almoço, porque fechava às 10h00 e estávamos todos cheios de fome, uma vez que na véspera tínhamos jantado cedíssimo. Os preguiçosos dos rapazes chegaram e já passava da hora, mas tinham à sua espera um belo repasto escolhido antes que os empregados efectuassem a clássica limpeza de buffet de hotel que é a tarefa mais pontual que existe no planeta Terra. Nunca vimos nenhum hotel atrasar-se na recolha dos bufete!
Era hora de subirmos ao quarto, arrumar as últimas coisas e irmos conhecer Lima. Só que não... O Martim começou a ver os cartões de embarque para amanhã e estava a faltar de um dos Martims. Após várias tentativas de chamadas telefónicas em vão , o Martim (pai) decidiu ir até ao aeroporto para resolver o problema. Como o nosso voo ontem chegou tarde e amanhã saímos cedo, em boa hora decidimos ficar num hotel do outro lado da rua do aeroporto (e ao lado de um bairro social!).
A confusão que se passava no aeroporto era grande e a cada porta que o Martim ia diziam que se devia dirigir à seguinte. Passadas 8 (!!!) portas, lá conseguiu entrar e foi parar a uma fila com cerca de 10 pessoas à frente e onde não estava absolutamente ninguém para atender! Passados cerca de 15 minutos começaram a reclamar porque a fila não andava e uma senhora, que tentava serenar ânimos um pouco por todas as filas, disse com um ar muito calmo "pedimos desculpa mas estamos com falta de pessoal". A espera para ser atendido já ia longa e quando foi finalmente atendido e após muita pesquisa da senhora do balcão, lá se percebeu, sem saber porquê (!), que a Mariana e os miúdos estavam num código de reserva e o Martim noutro. Tudo resolvido para o voo de ida, mas havia um problema no voo de regresso. A LATAM tinha cancelado o nosso voo de regresso e tinha-nos colocado num voo mais cedo. Até aí não havia grande problema, visto que em vez de sairmos às 16h40 passaríamos a sair às 16h10. O problema é que não havia lugar nesse voo para o Martim! Após muita discussão lá conseguimos colocar todos no voo do Martim às 18h50. Ainda não estamos certos do sucesso desta operação, mas amanhã no aeroporto voltaremos ao ataque para confirmar!
Com tudo isto já eram quase 14h00, estava a Mariana no quarto a preparar uns sacos mais pequenos para levar para Cusco e a fome começava a apertar.

A bonita vista do nosso hotel!

Assim que o Martim regressou com a boa nova ao quarto, decidimos que era hora de sair para almoçar. Por estarmos colados ao aeroporto ainda estamos a 40 minutos da parte mais simpática de Lima: Miraflores/Barranco.
Foi-nos recomendado irmos ao Panchita, uma vez que tinha comida tradicional criolla. Apesar da viagem de 40 minutos, o Cabify não custou mais do que 6€!
Chegados ao restaurante, a Vera estava tão cansada que nem sequer conseguiu esperar pelo couvert. Quinou ferrada no carrinho!
Para o Martim e Vera tínhamos pedido um bife de frango à milanesa e para nós um "pastel de choclo (uma espécie de milho)" e um "lomo salteado". O Martim adora comer as coisas mais tradicionais e então pediu ao empregado que recomendasse o que comer. Logicamente que a Mariana, que é uma esquisitinha, disse que sabia a bacalhau com natas misturado com carne e gostou muito pouco daquilo que comeu, já o Martim que gostou bastante! De sobremesa ainda pedimos uma "torta de chocolate" que era óptima. Vinha só com uns suspiros em cima que poderiam ser dispensáveis.









Barriga cheia e toca de fazer uma caminhada para desmoer. Tinham-nos dito que aquela zona da cidade não seria perigosa e confiámos. Decidimos foi prevenir e deixar no hotel relógios e colares para não sermos surpreendidos.
Fomos até ao "Parque John F. Kennedy" ou "Miraflores Central Parque" e é engraçado como essa zona é tão americanizada. O contraste dos autocarros podres, cheios de gente e dos vendedores ambulantes com uma decoração dos prédios e lojas mais ao estilo americano traz um certo "piada" à zona. Queríamos ir ao "Choco Museo" porque nos tinham dito que era possível fazer o nosso próprio chocolate e sabíamos que os Martims iam adorar essa ideia. Infelizmente chegámos e esse programa tinha hora marcada, pelo que nada feito e decidimos seguir o nosso passeio até ao "Parque Del Amor".
O "Parque del amor" fica numa encosta em cima do mar e a vista é espectacular. Demos um passeio por esse jardim, até a um parque infantil, e ficámos muito bem impressionados pela forma como os jardins estavam arranjados e pela beleza desse lugar. A ida ao parque infantil era fundamental para tentar gastar algumas energias aos miúdos, visto que tinham passado a manhã toda no quarto e precisávamos que se cansassem um bocado!
Neste passeio pela encosta há um lugar onde saem os parapentes e de onde se vê um por do sol lindo. É um relvado grande e onde, quem não anda no parapente, não pode entrar. Tentámos, juntamente com outras pessoas, quebrar a regra e rapidamente aparecerem dois polícias a dispersar. Felizmente acharam graça à Vera e ao Martim e um deles até quis tirar uma fotografia com eles!
Algo que não tínhamos previsto era que a temperatura que o Accuweather nos tinha passado de manhã, tinha sido tudo menos "accurate". Estávamos a contar com um real feel de 30 graus e seguramente não passava dos 20, talvez menos até! Tínhamos levado umas camisolas para os miúdos, mas nada para nós. Como estava muito vento e não se estava nada bem, decidimos seguir a pé até ao Larcomar shopping para a Mariana tentar comprar uma camisola, uma vez que ir e vir ao hotel íamos perder quase 1h30!













Depois de comprar a camisola e porque estava desagradável para estar na rua, fomos jantar a mais uma sugestão que nos tinham dado: Cala.
Fica mesmo em cima do mar e tem dois ambientes totalmente destintos. No R/C um restaurante mais animado e com música alta. No 1º piso um ambiente mais "chill out" e mais familiar. Felizmente, tendo em conta o registo da nossa viagem, acabámos no 1º andar!
Pedimos um ceviche óptimo e um tiradito de peixe branco que não era tão bom porque o molho tinha muito sabor a pimentos e nós não somos grandes fãs! A acompanhar uns clássicos Pisco Sours! Algo que temos reparado e temos ficado surpreendidos pela positiva é que a grande maioria dos restaurantes que temos ido, tem sempre menu infantil. Isso faz com que possamos pedir coisas mais exóticas para nós e mais simples para as crianças. Dito e feito: "levaram" com mais uma dose de fritos e comeram uns panados de peixe!!
O menu infantil surpreende pela positiva, mas algo que surpreende pela negativa e isso já vem desde a Argentina, é o facto dos restaurantes não terem nem sopa para entrada nem fruta para sobremesa. Em Portugal estamos muito habituados a isso, pelo que achamos estranho chegar a estes países que costumam ter fruta tão boa e não ser comum terem fruta nos seus menus.
Acabámos de jantar a umas civilizadas 20h50 e era hora de voltarmos a fazer a viagem de 40 minutos e ir para o hotel dormir, porque amanhã há alvorada às 7h30 para preparar tudo, tomar o pequeno almoço e ir para o aeroporto para rumarmos até Cusco.
Tínhamos muito poucas expectativas para Lima e daquilo que vimos, no meio dia que conseguimos, ficámos muito bem impressionados e com vontade de passar mais tempo numa próxima vez.



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