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Dia 13: Buenos Aires

  • marianaoliveiracos2
  • 15 de jan. de 2022
  • 5 min de leitura

Atualizado: 16 de jan. de 2022

Já começa a ser ritual da viagem e novamente o dia arrancou mais tarde do que queríamos, porque ontem ficámos até tarde a passear por Palermo e quando chegámos ao hotel ainda tivemos que dar banhos e desfazer malas.

Passava pouco das 11h00 e metemos o primeiro pé fora do ar condicionado. Estava quente, mas ainda suportável. Começámos por ir trocar dinheiro que tínhamos trazido e logo ficámos arrependidos de não ter trazido mais. Se há conselho que podemos dar a quem viaje para a Argentina é que traga Euros e os troque nas casas de câmbio ao invés de usar Revolut. As casas de câmbio, conseguem um valor quase o dobro do câmbio oficial. Para terem uma ideia, neste momento, o oficial anda em torno de 119 Pesos por cada Euro e nessa casa de câmbio conseguimos a 232 Pesos por cada Euro!! Basicamente isto significa que o orçamento da nossa viagem poderia ser reduzido a metade se tivéssemos trazido mais dos que tínhamos entre as nossas carteiras!

Passámos num supermercado para comprar umas águas e fruta e seguimos em busca de uma lavandaria que...nunca encontrámos! O Martim tinha posto no mapa "5 a sec" e o que o Google Maps reconheceu foi "5 a secundaria". Continuamos sem perceber o que era, mas aquilo que sabemos agora é que nos fartámos de andar com a temperatura a subir cada vez mais e acabámos por andar com o saco de roupa suja o dia inteiro às costas.

O Martim como "optimista" que é achou que estávamos, desde que saímos do hotel, a dois quarteirões da lavandaria e da paragem do "hop on hop off", a Mariana como "realista" implorava por um Uber com ar condicionado. Resultado: andámos mais de 1 hora a pé com real feel de 37º, passamos pela paragem uma vez sem termos dado conta e andámos às voltas à procura até vermos o autocarro ao fundo e termos percebido que o íamos perder.


A Primeira paragem onde iriamos começar o trajecto era perto do Teatro Colón. Quisemos entrar, mas estava fechado e então seguimos para o resto do plano que seguir no autocarro de sightseiing. Gostamos sempre de fazer isto no primeiro dia que estamos numa cidade nova, porque nos permite logo dar uma visão geral da mesma. Aquilo que não estávamos à espera era de pagar quase 90€ para fazermos os 4 a volta. Achámos bastante caro, mas decidimos n\ao desistir da ideia. Nem que fosse para termos um abrigo do calor.




Martim ficou agarrado ao ar condicionado tal era o calor.




Começámos o nosso "tour" e quando chegámos a La Boca quisemos sair para ir mostrar o El Caminito à Vera e Martim. No caminho ainda passámos pelo estádio do Boca Juniors que impressiona pela sua dimensão e pelo facto de ser mesmo no meio das casas. A sair do autocarro a Mariana estava com tanta pressa para ir mostrar que quando saiu do autocarro se estatelou no meio do chão com a Vera ao colo! Felizmente não foi nada e seguimos "jogo"! O conjunto de cores no El Caminito é de facto muito giro e traz muita alegria ao bairro. Como fomos em plena hora de almoço e bastante calor, acabou por ser bom porque não estava muita gente.












Após um curto passeio, decidimos que queríamos ir para a outra ponta da cidade almoçar: Palermo. Dado que ontem foi um passeio muito rápido e que hoje era o dia menos quente dos próximos 3, queríamos aproveitar não só para levar os miúdos aos parques infantis e carrossel que há lá, mas também para deambularmos mais um pouco pelas ruas.

Temos andando sempre de Uber, que são super baratos, e hoje para não ficarmos muito tempo à espera ao calor, decidimos apanhar um táxi que estava à porta do El Caminito. Tudo certo até ao momento em que o taxista começa com uma conversa muito estranha para o Martim a dizer que a filha tinha um problema muito grave de saúde e que precisava de um remédio que custava 600 dólares para lhe salvar a vida, mas que como não conseguia esse dinheiro estava desesperado e tal. O Martim olhou para trás e vendo que tinha a sua mulher e filhos no banco decidiu jogar pelo seguro e pedir para o taxista encostar e que afinal iríamos sair em Puerto Madero. A conversa até podia ser legítima e o senhor só queria mesmo desabafar, mas nestes casos achamos melhor não facilitar e em particular porque estamos com os nossos filhos.

Em Puerto Madero, que se assemelha um bocado à zona ribeirinha do Parque das Nações, fomos almoçar ao Osaka. Várias pessoas nos falaram que era um restaurante de fusão japonesa-peruana óptimo, pelo que decidimos ir. Andámos cerca de 15 minutos a pé desde o local onde o taxista nos tinha deixado e a tentar procurar constantemente a sobra, visto que ao sol deviam estar mais de 40 graus. A Vera entretanto adormeceu no carrinho e quando encontrámos o restaurante e entrámos no ar condicionado foi como chegar a um oásis.

Comemos dois ceviches óptimos e ainda uns camarões com um molho sweet-chilli também bastante bons, enquanto que o Martim comeu os seus "rolinhos de salmão" a.k.a. hosomakis e também uns niguiris. Seria igualmente o almoço da Vera, mas seguramente não a íamos acordar. Ao fim de quase 1h30 de sesta lá acordou toda bem disposta e pronta para comer o seu sushi. Deve ter sido de tanto comerem nos últimos anos que dizem que sushi é a comida preferida deles!









Saímos do restaurante e voltámos a apanhar o autocarro para rentabilizar o investimento feito. No caminho ainda passámos pela Puente de la mujer que é uma das atrações de Puerto Madero. Só não contávamos é que iríamos voltar directamente para a estação de partida, porque a volta acabava pouco depois das 17h00. Assim, tivemos que chamar um Uber para irmos para aquele que deveria ter sido o nosso destino de almoço: Palermo.


Chegados a Palermo fomos directos para o carrossel e para o parque infantil. Mesmo debaixo de 40 graus, os miúdos estavam tão contentes que andaram em tudo e mais alguma coisa.







Real feel era superior a 40º e o nosso vizinho de parque estava de calças, botas e gorro de lã. Destilámos mais um bocadinho só de olhar para ele.




No fim da brincadeira, fomos em busca de um restaurante para jantar. Dada a imensa oferta na zona, não é nada fácil tomar uma decisão. A isso acresce o facto de que muitos só começam a servir jantares às 20h00 e nós querermos jantar mais cedo para tentar que os miúdos vão mais cedo para a cama e assim dar para começar o dia mais cedo.




Acabámos a jantar no restaurante Casa Barro. É uma pizzaria muito gira, como a maioria das lojas e restaurantes de Palermo e onde as pizzas também eram boas. Como tínhamos almoçado tarde e estava tanto calor, acabaram por ser só os miúdos a jantar e nós acompanhámos com bebidas. Martim pediu uma pizza e a Vera, que não é grande fã de pizza, pediu um hambúrguer que havia na lista, mas que não era grande coisa.





Era hoje de irmos comer um gelado a uma gelateria diferente: Helados Italia. Eram sem dúvida bastante melhores que os de ontem, mas também não comemos muita coisa, porque o Martim (filho) só gosta de chocolate e baunilha e a Vera só gosta do gelado "côrosa", também conhecido como morango ou "frutilla" em argentino. A Marina pediu um "picolé" feito com a própria banana congelada e com chocolate à volta. Em Lisboa temos uma loja que vende esses gelados perto de nossa casa e a Mariana achou piada pedir, não só por gostar e ser um doce mais "saudável", mas também para provar aqui.

Acabou a ser assaltada pela Vera que lhe roubou a banana gelada quase toda.




Hoje conseguimos chegar a horas mais decentes ao hotel, mas mesmo assim um bocado mais tarde do que queríamos visto que amanhã as previsões apontam para uns frescos 44 graus e queríamos sair cedo.

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