Ao 12º dia mudámos de país. Chegámos à Argentina!
- marianaoliveiracos2
- 14 de jan. de 2022
- 4 min de leitura
Às 7h15 estava o despertador a tocar para começarmos com banhos e depois podermos acordar os miúdos para tomar o pequeno almoço e às 8h30 arrancarmos para o aeroporto.
Chegados ao aeroporto com quase 1h45 de antecedência pensámos que estávamos super tranquilos, mas foi aí que nos enganámos a primeira vez. O e-mail recebido no dia anterior dizia que o nosso voo saía do terminal 3, mas depois de procurarmos pelo check-in das Aerolineas Argentinas, não termos encontrado e termos perguntado a algumas pessoas percebemos que tinham trocado de terminal sem dizerem nada. Tendo nós 2 carrinhos de malas e o carrinho da Vera não se antevia tarefa fácil andar de um terminal para o outro. Com a ajuda do Martim, que com grande predisposição ajudou os pais e levou a Vera, lá fomos nós em passo acelerado para tentar chegar a horas ao check-in.
Conseguimos chegar e diz-nos a senhora que faltavam 10 minutos para fechar. Toca de mostrar toda a documentação COVID: testes PCR, certificados de vacinação, seguro de saúde que cobre problemas relacionados com COVID e umas declarações de entrada na Argentina e é aí que surge novo problema. Na noite anterior ao tentar preencher as declarações dos miúdos, o site dava erro. Visto que eles não precisam de teste para entrar no país (só crianças acima dos 6 anos tem que fazer), colocávamos que eles não tinham teste PCR e dava sempre erro no site. Desistimos de fazer a declaração por imaginar que talvez não precisassem. Errado! Precisavam e foi preciso fazer em tempo recorde as 2 declarações antes que fechassem o check-in e perdêssemos o voo.
Como dois problemas não veem sós, fomos informados que uma das malas tinha 4kg de excesso de peso. Dado que as senhoras não estavam a facilitar, tivemos que fazer troca de sacos de uma mala para as outras, mas para azar dos azares a mala que tinha menos peso tinha cadeado de chaves e conseguimos esquecer-nos dela no hotel (bem que a Mariana repetiu vezes sem conta antes de sairmos de Lisboa que era melhor ter cadeados de código para não correr riscos). O tempo continuava a fugir e nós sempre preocupados com as horas, mas felizmente no final conseguimos entregar as malas, receber os nossos cartões de embarque e passadas todas as "burocracias" de aeroporto, finalmente embarcámos.
Quando entrámos no avião os pilotos foram muito simpáticos com o Martim e prometeram que quando aterrássemos ele poderia ir ao cockpit para tirar umas fotografias e pilotar um bocadinho.
Depois de um vôo super tranquilo de 2h30, em que a Vera decidiu presentear os passageiros fazendo um strip tease, tal era o calor que se fazia sentir dentro do avião, aterrámos em Buenos Aires e a caminho da saída lá foi o Martim reclamar o convite dos pilotos para ir ao cockpit.




O único momento em que deixamos os miúdos verem tablets é nos aviões, pelo que aproveitam cada minuto para tirar a barriga de misérias!

Já com as malas era tempo de perceber como iríamos conseguir chegar ao hotel. Ou arranjávamos uma "van" ou então teríamos que ir em 2 ubers. Acabámos por optar pela segunda, visto que não havia sinais de nenhuma carrinha que fosse capaz de albergar todas as nossas malas.


O hotel onde estamos (AQ Tailored Suites) é na Recoleta e depois de deixarmos as malas no quarto, apanhámos um Uber e arrancámos para Palermo Soho. É a zona que mais gostamos de Buenos Aires e quisemos começar por aí. Aquilo que mais gostamos é de andar a pé pelas cidades e de nos perdermos no meio delas. Fazer isso no meio de Palermo é espectacular, porque em cada esquina e em cada rua tem sempre alguma coisa linda de se ver: lojas, cafés, restaurantes, pateos escondidos..
Os miúdos já tinham almoçado no avião, mas para nós a fome era negra e queríamos encontrar um café para comer alguma coisa mais light, visto que eram quase 16h00 e queríamos tentar jantar cedo, para cedo nos deitarmos e amanhã começar pela "fresca", porque entrou hoje uma onda de calor, a maior desde os últimos 100 anos, e até sábado as temperaturas estão sempre a subir até bater nos 44 graus (real feel)!!
No caminho, acabámos por encontrar uma loja de chocolates e alfajores e logicamente isso foi o nosso "almoço"! Na Pinocha Chocolates tem tudo óptimo aspecto, mas acabámos por ceder à, mais que óbvia tentação, do dulce de leche.
















Depois de muito deambularmos, dirigimo-nos para o Don Julio, visto que tinha sido indicado com um dos melhores sítios para comer uma boa carne Argentina. Sabíamos que não seria tarefa fácil, porque não tínhamos reserva e está sempre cheio, mas não custava tentar. Chegámos 15 minutos antes de abrir e fomos os primeiros da lista a dar o nosso nome. Assim, passavam 20 minutos das 19h00 e já nos estávamos a sentar na esplanada. Tudo isto enquanto a Vera fazia a sesta, uma vez que ainda não tinha dormido mais do que 5 minutos durante a aterragem.
Chegou a comida e começámos bem com as entradas. Trouxeram um tomate com azeite e sal grosso, que faz parte do couvert e que também tem um pão bom. Para além disso, também tínhamos pedido um provolenta que é um queijo grelhado que adoramos! Como prato principal o empregado recomendou-nos um entrecôte e um bife de chorizo mariposa. Tudo muito bom, mas confessamos que íamos com a expectativa muito elevada e que seria de perder a cabeça. Não foi, talvez por termos pedido os cortes errados, não sabemos! Mas um facto é que já comemos carne muito melhor que esta em outros lugares em Lisboa.
Depois do jantar fomos ao prometido gelado na Freddo. A última vez que viemos a Buenos Aires, há 12 anos, tínhamos adorado estes gelados, mas desta vez também não ficámos muito convencidos. Teremos que lhes dar uma segunda ou terceira hipóteses e seguramente procurar outros, visto que gelados é outra coisa que os argentinos sabem fazer bem!






Gelado comido e era hora de voltar a casa, visto que o objectivo de nos deitarmos cedo já ia sair furado. Ainda faltavam banhos e desfazer as malas. Os miúdos foram dormir as 23h00 e tal e nós ainda aqui andamos a "bloggar" e já passa da meia noite.
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