15º dia: real feel de 51º na rua!
- marianaoliveiracos2
- 17 de jan. de 2022
- 4 min de leitura
Dia de meter despertador para acordar e tentar sair a horas que ainda não estivessem 40 graus. Infelizmente não foi possível, visto que às 8h30 já estava real feel de 35º!!
Saímos do hotel directos para um Cabify na esperança que tivesse ar condicionado, algo muito raro por cá. Felizmente este tinha!
Sentimo-nos num jogo cada vez que chamamos um Cabify para ver se terá ar condicionado ou não. Decidimos mudar para Cabify ao invés de Uber, por recomendação do homem da recepção, visto que cancelam menos, os carros são um bocado melhores e supostamente há mais quantidade. A espera continua, mas realmente é menor: 8-10 minutos.
A primeira paragem foi o "El Rosedal" que é um jardim lindo. Chegámos e o calor já era surreal! Passámos por um bebedouro e decidimos que tínhamos que “tomar um banho”. Toca a despir t-shirts e molhar o cabelo! Terminado o banho, olhamos para a frente e damos de caras com uns barcos/gaivotas a andar num lago. Claro que o pedido foi imediato: “Pais, podemos andar? Vá lá, vá lá!!”. “Até que não está tanto calor e está um ventinho” disse a Mariana para ver se convencia o Martim a fazer a vontade aos miúdos. Decidimos ir e mal começámos a pedalar essa sensação de não estar tanto calor desapareceu num abrir e fechar de olhos! O sol queimava e nem à sombra se estava bem. Fizemos a nossa volta de 30 minutos, miúdos radiantes, patos alimentados e só tínhamos duas ideias: comer um gelado e entrar no AC de um carro!













Depois de comer o gelado e a caminho do carro, passámos por mais um bebedouro para nos banharmos. Decidimos deixar a Vera só de cuecas e molhá-la toda. Após esse banho deve ter pensado que estava de tanguinha na praia, abriu as pernas e começou a fazer xixi pelas cuecas abaixo! Nem queríamos acreditar no cenário, enquanto o Martim e ela se riam à gargalhada. Toca a tirar as cuecas e ficar todo o dia "à cowboy"!


Fomos almoçar ao Chuí. Um restaurante vegetariano muito giro e óptimo! Infelizmente não tinha ar condicionado, mas como era uma espécie de jardim e tinha ventoinhas e aqueles borrifadores de água pareciam que estavam só 35 graus e não 45! Comemos lindamente, mas com o calor e o cansaço a Vera acabou a não comer nada (pedimos para fazerem uns ovos básicos mas disseram-nos que não porque não estava na lista, achámos pouco simpático porque num dos nossos pratos vinha um ovo estrelado) e quando saímos fomos à procura de um “Le Pain Quotidien” (LPQ) para lhe dar uns ovos mexidos e seguirmos para o ar condicionado de um museu.


Este último plano saiu completamente furado! Entrámos no Cabify sem qualquer tipo de ar condicionado, pelo que íamos falecendo durante a viagem. Nunca tínhamos sentido tanto calor em toda a nossa vida e estar na rua ou num carro sem ar condicionado era uma tarefa hercúlea.
De entre os vários LPQ que há na cidade, escolhemos o mais próximo. Não queríamos acreditar quando saímos do carro e vimos que o que tínhamos escolhido ficava num shopping a céu aberto (estilo Campera). “Afinal o restaurante tem espaço interior” reparámos. Quando estamos a chegar à porta vemos os empregados todos lá dentro a abanarem-se com o menu, pelo que percebemos imediatamente que o AC estaria avariado. No meio de tudo isto a Vera tinha adormecido, pelo que decidimos entrar nas lojas e ficarmos lá sentados enquanto ela dormia. Gostávamos muito de estar a passear, mas era fisicamente impossível!

Quando a Vera acordou, meio virada por certamente não ter dormido muito no meio de tanto calor e estar com fome, fomos finalmente ao LPQ para lhe dar uns ovos mexidos. No caminho ainda comemos mais um picolé de morango para tentar refrescar.
Ovos comidos ao ar livre, Vera e Martim sem parte de cima e era hora de nos refugiarmos novamente num AC. Chamámos um carro e pedimos que ligasse o ar, mas como em vez de ter um acrílico a separar o banco da frente do de trás tinha um plástico grosso, não chegava nem uma brisa. O destino final seria o museu de ciência e história natural para ver os dinossauros e Darwin que os amigos da sala do Martim estão a aprender agora na escola. Chegámos perto das 18h00 e sabíamos que o museu fechava às 19h00. Isso mesmo nos informaram os seguranças, mas dissemos que íamos ser rápidos. Não percebemos se foi pela hora, se foi por termos entrado “à campeões”, mas não pagámos bilhete. A primeira sala parecia que nos tínhamos enganado novamente no museu, mas à medida que entrávamos e íamos percorrendo outras salas percebemos que o museu até tinha bastante interesse. Ar condicionado é que nem vê-lo, pelo que a desidratação continuava!









Tour pelo museu feito e era hora de irmos ou jantar directos, visto que já eram 19h00, ou ir ao hotel, tomar um banho e depois ir jantar. Como não queríamos andar para trás e para a frente decidimos ir directos jantar. O restaurante escolhido foi o La Mar que nos disseram que tinha uns ceviches óptimos e não nos apetecia nada comida quente.
Chegados ao restaurante fomos informados que tinha estado sem electricidade durante 4 horas e por isso só iam começar a servir os jantares às 20h00. Olhámos para o relógio e ainda eram 19h15. Tendo em conta o incidente do dia anterior e apesar de ainda ser dia, não nos apeteceu fazer tempo a ir passear e decidimos ir para uma pastelaria do outro lado da rua fazer tempo até termos o restaurante pronto. Mal vimos umas pessoas sentadas na mesa, saímos e fomos pedir o nosso jantar.
Entre ceviche (ou cebiche como escrevem por aqui), causa e tiradito para os mais crescidos e uma espécie de douradinhos com massa para os mais novos, comemos lindamente. Ficámos na esplanada, por já não haver lugar no interior, mas como a temperatura já “só” devia estar nos 30 graus acabámos por nos aguentar sem sofrer muito.



La Querendona era o nome desta bomba de chocolate e doce de leite!
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