Dia 93: epopeia de carro e chegada a Bay of Fires
- marianaoliveiracos2
- 16 de jun. de 2022
- 3 min de leitura
Como nos deitámos cedo ontem, hoje eram 7h30 e estávamos todos acordados. Sendo cedo ainda deu para fazer algumas ronhas em família na nossa cama e depois era hora de tomar banhos e do Martim sair para ir alugar o carro. Achou que ia ter o seu “momento de spa” por ir sozinho, mas quando estava a sair foi confrontado pela Vera que perguntou porque estava a ir sozinho e se ela poderia ir com ele. Acabaram por ir os dois enquanto a Mariana e o Martim ficaram a acabar um trabalho da escola para enviarem à professora.

Passado pouco mais de 1 hora o Martim e a Vera voltaram com o carro e com o pequeno almoço comprado no Pigeon Whole Bakers. Era altura de meter as malas todas no carro, porque tínhamos agora uma viagem de quase 4 horas pela frente. O nosso plano inicial passava por ficarmos uns dias em Hobart primeiro para depois então subirmos até Bay of Aires, mas com o problema do visto e o atraso na viagem para a Austrália tivemos que adaptar.
O caminho é lindo e como o plano dos próximos dias passa por descer a costa este, decidimos fazer o caminho para norte pelo interior da Tasmânia para conhecermos melhor essa zona. A viagem é demorada não tanto pelo trânsito, que não é muito, mas porque há várias obras ao longo do caminho e porque toda a gente respeita os limites de velocidade neste país! Há uma série de radares e as multas devem ser altas, porque até mesmo quando o limite é de 40 km/h ninguém anda mais depressa!!



A nossa primeira paragem foi para almoçar em Campbell Town no Zeps Café . Não tinha grande graça, mas era o que havia e como estávamos a meio caminho e tinha um jardim em frente ao restaurante pareceu-nos ser o sítio ideal para parar. Deu para o Martim e a Vera brincarem no parque e para depois almoçarmos numa mesa que havia no jardim. Antes de voltarmos ao carro ainda parámos na Banjo’s Bakery Cafe para comprar uns pães e uns folhados de salsicha para o lanche.






Pouco depois de arrancarmos os miúdos adormeceram ferrados e assim continuaram praticamente quase até chegarmos ao destino final. A viagem continuou com paisagens lindas e com uma quantidade imensa de ovelhas ao longo do caminho. Acreditamos que aqui, à semelhança da Nova Zelândia, deve haver mais ovelhas do que pessoas!






Eram quase 17h00 e chegámos finalmente ao nosso hotel. É um glamping e que tem também uns quartos onde ficámos. Queríamos ter ficado nas tendas, mas infelizmente não aceitam crianças e por isso tivemos que nos contentar com a alternativa - também muito boa.
Pousámos tudo e fomos para a zona da cozinha comum onde estavam outros hóspedes. Eles têm umas comidas pré-cozinhadas que estão congeladas em vácuo e foi isso que escolhemos. Não tivemos tempo de ir ao supermercado. por isso recorremos ao que havia disponível e no final ficámos muito contentes com os nosso gnocchis e com a bolonhesa.
Depois de escolher o jantar, fomos acender uma fogueira numa pira. O Martim (filho) estava todo contente a ajudar e não parava de trazer paus, troncos e folhas de papel! Quando finalmente conseguimos que pegasse ficou radiante. Era agora hoje de ir fazer o jantar e mais uma vez o ajudante Martim pôs mãos à obra. Enquanto o Martim (pai) cozinhava ele tratava de ajudar tudo e de lavar a loiça. A cozinha comum, para além de estar toda muito bem equipada e com 4 estações de fogões diferentes para os vários hóspedes, ainda disponibiliza massa, azeite e sal, o que permitiu que fizéssemos uma dose extra para levar para o pequeno almoço de amanhã. Como não há ninguém a controlar, isto funciona na lógica da “honestidade” e devemos apontar os consumos num papel que se chama mesmo “honesty bar”.



O Martim aproveitou para assar uns mashmallows que ofereceram, ficou fã desde que provamos no cimo do vulcão na Guatemala.

Quando acabámos de jantar e estávamos a lavar a loiça olhámos para cima e vimos um animal. Ao princípio parecia um diabo da Tasmânia, mas os australianos que estavam connosco disseram que era um “possum”. Este momento fez a delícia dos miúdos e não paravam de se rir com o possum a tentar ir para dentro do lava louças à procura de comida. Pouco depois voltámos para a nossa fogueira e quando lá estávamos sentados o animal voltou a aparecer e ainda foi cheirar os sapatos do Martim. A Vera estava doida a ver isto tudo acontecer, mas sempre a pedir colo porque dentro do excitamento gosta sempre de manter uma certa distância de segurança face aos animais!
Ainda apareceu mais outro possum antes de irmos dormir e quando finalmente se foi embora era o momento certo para agarrarmos nos miúdos e levá-los para a cama. Como hoje chegámos tarde e não conseguimos ver nada das redondezas queremos amanhã acordar cedo para ver tudo.




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