Dia 96: Wineglass Bay
- marianaoliveiracos2
- 16 de jun. de 2022
- 4 min de leitura
Dito e feito! Passava pouco das 7h30 e estávamos todos despertos com a luz dentro de nossa casa. Como íamos mudar novamente de sítio e nos tínhamos deitado cedo ontem não ficámos muito incomodados por acordar a essas horas.
Ontem estávamos todos cansados e a casa não tinha grande espaço para fechar as malas sem acordar o Martim e a Vera, por isso decidimos que essa tarefa ficaria para hoje. Como a casa tinha máquina de lavar desfizemos muito as malas para aproveitar para lavar alguma roupa, o que fez com que demorássemos mais do que o normal a sair.
Depois de fechar as malas e enquanto o Martim as encaixava no carro, a Mariana foi até a um playground que havia ao lado de casa com o Martim e a Vera para gastarem alguma energia antes de mais uma viagem de carro de 1h30.


O nosso destino era a Wineglass Bay e se por um lado queríamos que gastassem um bocado de energia, por outro não queríamos que gastassem assim tanta, porque íamos fazer um trecking que previa ser longo.
Eram quase 13h00 e estávamos a parar o carro no Freycinet National Park. Como estava mais calor do que prevíamos e porque íamos andar alguns kms ainda tivemos que despir umas camisolas e meter umas t-shirts.
Começámos o nosso percurso e o objectivo era irmos a um miradouro que deveria demorar cerca de 45 minutos a subir e depois descermos até à Wineglass Bay onde precisaríamos de mais 45 minutos. Ao fim de pouco mais de 15 minutos a andar o Martim já se estava a queixar que estava cansado e que não ia conseguir subir mais. Começámos a ficar um bocado apreensivos, mas com algumas (várias!) paragens a meio conseguimos atingir o nosso primeiro destino.
A vista do miradouro era absolutamente mágica! Se o caminho já era bonito com algumas vistas surpresa que apanhámos e com as pedras enormes que se vê, quando chegámos ao miradouro e se via do outro lado a Wineglass Bay ficámos completamente boquiabertos. A beleza da Tasmânia é algo que não tem mesmo limites!
Mostrámos ao Martim a praia lá em baixo e dissemos que teríamos que ir. Como nestas férias lhe temos ensinado algumas expressões portuguesas e ele tem gostado muito, desta vez usámos “a descer todos os santos ajudam” para o tentar motivar a ir. Ainda tentou reclamar um bocado, mas lá seguiu viagem connosco! Antes de começar a descer havia uma placa que avisava que teríamos 1.000 degraus para descer e depois para subir, mas mesmo assim decidimos ir.











E ainda bem que fomos! A praia é linda e o Martim (pai) ainda deu um mergulho. Já não estava assim tanto calor, mas faz parte do ADN dele ir à praia e dar um mergulho, especialmente na Tasmânia que é um sítio que não devermos voltar tão cedo.
Aproveitámos também para almoçar, brincar um bocado, descansar e depois preparar para começar a subir. Já eram quase 15h30 e ainda tínhamos seguramente mais 1h30 de caminho até ao carro. Enquanto que a descer “todos os santos ajudaram”, a subir a coisa já foi um bocado mais difícil! A única motivação foi que a meio do caminho um canguru atravessou à nossa frente e fomos o resto do caminho a tentar distraí-lo e a dizer para ver se encontrava mais cangurus enquanto subia as centenas de escadas. Chegados à zona do miradouro era agora hora de começarmos a parte mais fácil que seria a descida até ao carro.









Ao todo este passeio demorou quase 4 horas e foi a trilha mais puxada que fizemos até hoje. Apesar de algumas queixas, o Martim foi novamente um herói e continua a surpreender-nos diariamente nesta viagem.
Como prémio fomos até à Honeymoon Bay ver o pôr do sol e comprar um gelado para comermos antes de seguirmos viagem para o nosso próximo hotel que ainda ficava a 1 hora de caminho.

O Martim viu um coração nesta árvore e quis tirar uma fotografia para enviar à sua namorada!






Durante os primeiros minutos da viagem, íamos todos à conversa e a tentar que o Martim e a Vera não adormecessem porque já era tarde e não queríamos que a sesta “colasse” com a noite, mas ao fim de 10 minutos tivemos a Vera a perguntar se não podiam dormir um bocado. Eles estavam realmente de rastos e claro que foram a dormir ferrados até chegarmos ao próximo hotel.
Guiar ao fim do dia e início de noite na Austrália, e em particular na Tasmânia, é um enorme desafio pela quantidade de animais selvagens que atravessam a estrada. Maior desafio só mesmo guiar com a Mariana ao lado que cada vez que aparecia um animal o seu instinto era agarrar-se aos braços do Martim para que ele desviasse. Assim, descobrimos que a solução seria a Mariana ir com as mãos dentro dos bolsos para evitar algum acidente grave!
Eram quase 20h00 e estávamos a fazer check-in no nosso hotel em Orford onde iríamos ficar apenas umas horas, visto que amanhã de manhã arrancávamos logo às 9h00 para outro programa. Aproveitámos que a cozinha ainda não tinha fechado, jantámos um bife e uns Fish and chips no hotel e às 22h00 estávamos todos desmaiados na cama.





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