Dia 2: Jardim Botânico e Gávea

O dia voltou a acordar cinzento, mas quente. Tomámos o pequeno almoço já tarde e como o tempo teimava em não abrir decidimos abortar o plano da praia e arrancar directos para o Jardim Botânico.

Parámos o carro na Gávea e de lá seguimos a pé até à entrada. Aquela alameda de palmeiras é realmente única e os miúdos estavam banzados a olhar. Melhor só mesmo quando apareceram uns macacos e começaram a trepar nas árvores à nossa frente. O Martim não parava de tirar fotografias e a Vera, como bom macaco de imitação do "mano", claro que pediu para também tirar com a sua máquina de brincar. Perdermo-nos lá dentro durante mais de 2h e estávamos todos maravilhados com tamanha beleza e dimensão, não só do jardim em si, mas principalmente de algumas árvores e dos recantos incríveis escondidos.

Quando estávamos a sair para ir almoçar demos de caras com um amigo nosso no meio das "ruas" do jardim. Tínhamos falado de manhã em fazer o programa juntos, mas como acabámos por não combinar mais nada, não sabíamos se ele sempre tinha ido ou não, daí que foi uma enorme coincidência e alguma sorte porque o jardim é gigante e a probabilidade de nos termos desencontrado enorme também.

Saímos do Jardim Botânico e fomos almoçar a um restaurante em frente que se chama Camolese . O plano inicial passava por irmos ao Parque Lage, mas como já era tarde e este restaurante, que já tínhamos ido há 2 anos e tínhamos gostado, ficava ao lado, decidimos entrar. Eram 14h30 e tínhamos 11 mesas à nossa frente, daí que a solução passou por ir pedindo umas cervejas/águas de coco e uns "petiscos" para tentar enganar a fome enquanto esperávamos pela nossa vez. Levamos sempre connosco uma mochila de brinquedos para os miúdos se irem entretendo enquanto esperam e para depois brincarem à mesa.

O almoço acabou já passava das 16h00 e a ideia era, à semelhança de ontem, dar um mergulho na praia. Como a Vera ainda não tinha feito a sesta e como o tempo continuava sem estar grande espingarda, decidimos dar um passeio pela Gávea e acabar no shopping para comprar umas Havaianas para os miúdos. Depois de sairmos, no caminho para o carro, tivemos um choque de realidade. Era raro o domingo em que estávamos no Rio e não íamos ao Baixo Gávea jantar/beber umas cervejas. Hoje o programa foi "quase" o mesmo: também estávamos no Baixo Gávea, mas em vez de estarmos a beber uns copos na rua, estávamos uns metros mais ao lado dentro de um parque infantil para os miúdos poderem andar de baloiço e escorregas!

Este é um dos truques que usamos nas viagens, parar sempre que possível para lhes dar um bocado de "casa" e soltarem energia.

Acabado o parque infantil seguimos para jantar em casa de uns amigos brasileiros de longa data que também têm duas filhas, sendo uma delas da idade da Vera. A última vez que se tinham visto tinham 6 meses e hoje passados 5 minutos já estavam melhores amigas. É sempre bom estar fora e podermos fazer programas com pessoas que gostamos tanto e que nos fazem sentir em casa. Mas o que enche mesmo o coração é ver que os nossos filhos ficam radiantes a brincar com os filhos dos nossos amigos e estes são laços que ficam para sempre.

Regresso a casa e miúdos quinados no carro. Mesmo depois de muito calor e alguns mergulhos na piscina seria impensável enfiá-los no banho, pelo que vão dormir sujos, mas felizes por mais um dia em cheio.

Amanhã há mais!