top of page

Dia 83: tragédia total!

  • marianaoliveiracos2
  • 15 de abr. de 2022
  • 5 min de leitura

Às 6h00 em ponto estávamos a entrar no Uber rumo ao aeroporto. Como o vôo era cedo tínhamos decidido ficar num hotel ao lado e demorámos só 5 minutos.

Numa primeira fila pediram-nos a documentação toda (vacinas, testes e documentos de entrada) para validarem e estava tudo ok. Era agora hora de fazermos o check-in e despachar as malas. Usualmente este processo é relativamente rápido e estranhamente o nosso estava a demorar algum tempo. O senhor que era pouco expedito não parava de passar os passaportes para a frente e para trás e estava intrigado com o facto de haver dois Martim Botton. Passado algum tempo, de repente pergunta “pode mostrar-me os vossos vistos sff”. “Desculpe? Visto?”. O Martim tinha pesquisado sobre o que era preciso de documentação para entrar na Austrália e não tinha encontrado nada de vistos. Como hoje em dia é só “covid, covid, covid” não havia nada óbvio que referisse o visto, mas aparentemente era necessário e iria começar agora a nossa aventura.

Dirigimo-nos a outro balcão onde a responsável do check-in nos confirmou essa informação e disse que sem isso não poderíamos embarcar. Perguntámos quanto tempo poderia demorar a chegar ao que ela nos respondeu que se fôssemos americanos seria no momento, mas sendo europeus normalmente demora mais. Disse-no ainda que a forma mais rápida seria fazer no consulado em Waikiki, pelo que era oficial que já não íamos hoje para a Austrália. Na esperança de conseguirmos ter tudo tratado em tempo recorde, remarcámos o vôo para daqui a 2 dias.


ree

Ainda a achar que ia ver cangurus.

ree

Quando voltámos ao hotel com as malas todas os senhores não perceberam bem o que tinha acontecido, mas como tinham uma nova reserva em nosso nome imaginaram que algo de errado tivesse acontecido. Sendo 9h00 da manhã não era ainda possível fazer check-in, mas dissemos que poderíamos ficar no mesmo quarto e assim voltámos a subir para o “nosso” quarto. O hotel é muito fraco, mas pela distância ao aeroporto decidimos que seria melhor ficar aqui do que mudar outra vez amanhã de sítio.

Deixámos as malas, fomos alugar novamente o carro e seguimos para o consulado na esperança de que nos dessem tudo de forma rápida. Quando chegámos à porta percebemos que ninguém nos iria atender sem termos marcação e depois de sucessivos apelos, continuaram impávidos e serenos dizendo que teríamos que tratar de tudo online e que quem nos disse que seria mais rápido no consulado se teria equivocado.


ree

ree

O Martim, que estava desesperado com toda esta situação, decidiu que a melhor solução seria voltarmos ao hotel para se agarrar ao computador e começar a tratar dos vistos. Pusemos o Martim a brincar baixinho e a Vera a tentar fazer a sesta para conseguirmos tratar de tudo o que era preciso e ao fim de 2 minutos a preencher o primeiro visto recebemos logo a aprovação e o mesmo aconteceu no dois seguintes. Aí o Martim ficou ainda mais irritado com a senhora do aeroporto e com ele próprio por não ter tentado fazer isto logo e por ter confiado que teria que ser feito no consulado por forma a recebermos a aprovação mais rapidamente. Foi quando introduziu os dados da Mariana que se acalmou um bocado, porque a aprovação não chegou de forma tão imediata. Alguns “refreshs” depois e nada. O visto da Mariana continuava sem ser aprovado. No site dos “home affairs” australianos diziam que 50% dos vistos eram aprovados em 24h; 75% até 4 dias e o restante poderia levar até 1 mês. Quisemos acreditar que o da Mariana ainda chegaria nas primeiras 24 horas, pelo que estando tudo submetido não valeria a pena ficar enfiados num quarto manhoso de hotel à espera que chegasse e decidimos seguir rumo ao The Kahala Hotel & Resort onde descobrimos que poderíamos estar com golfinhos. Outro detalhe importante que vimos foi que se quiséssemos nadar com os simpáticos mamíferos teríamos que pagar 375 dólares por cabeça. Não ponderámos nem por 1 segundo essa actividade, mas como bons tugas que somos descobrimos que davam de comer aos golfinhos às 16h30 e iríamos “invadir” o hotel para podermos assistir a esse momento a custo zero.

A Mariana foi à frente para fazer uma avaliação da segurança, enquanto o Martim estava no carro com os miúdos ainda a fazerem a sesta. Quando deu o “ok” para seguirmos foi complicado ao Martim acordar os miúdos, mas quando disse mais alto a palavra golfinhos eles pareciam molas a saltar dos bancos. Todos contentes lá fomos nós rumo ao hotel.

A piscina dos golfinhos fica no meio do hotel, mesmo em frente aos quartos e enquanto que a nós nos faz sempre alguma confusão ver os golfinhos fora do seu habitat natural, os miúdos estavam a adorar tudo!


ree

ree

ree

ree

Saímos do hotel e fomos até Waikiki, que é a zona mais turística de todo o Havaí e foi engraçado conhecer. Só tínhamos passado ontem de raspão ao final do dia e foi giro perceber que tem bastante agitação, lojas e restaurantes. É muito diferente do que tínhamos visto até hoje pelo Havaí. Tem prédios altíssimos, gente que nunca mais acaba e uma quantidade de maluquinhos e sem abrigos muito grande. Foi aliás com uma sem abrigo que a Mariana e a Vera apanharam um susto enorme. Tinham ido a uma na casa de banho pública e mal entraram e fecharam a porta, essa senhora começou aos gritos a dizer "sai já dai! eu vou-te encontrar e vou-te matar! enquanto batia em todas as portas todas com imensa força. A Mariana implorou para ela não chorar e ficar calma porque era só uma senhora maluca e mal ela deixou de a ouvir saiu a correr. A Vera ficou completamente apavorada e depois disto só queria ir à casa de banho com o Martim, porque achava que a senhora ia estar em todas as casas de banho das mulheres. Ainda tentámos avisar a polícia, mas não fizeram nada com a justificação que era dentro da casa de banho pública.

Depois disto e para desanuviar, comemos um clássico “Shaved Ice”, vimos um pôr do sol à beira mar onde, para além do sol, se observa as centenas de pessoas que estão a surfar. O mar aqui é pequeno e muito divertido para aprender, pelo que há uma quantidade brutal de pessoas desde os mais experientes até aos que estão a fazer


ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

Hoje para jantar decidimos ir ao The Cheesecake Factory que tem comida razoável, doses grandes e não tão caro como a maioria, pelo que era o sítio ideal para hoje. Já tínhamos ido há uns ano no Dubai e não nos tinha desiludido, pelo que aqui também cumpriu com o esperado.

Chegou a conta e já achamos barato pagar 50 dólares por um jantar mesmo comendo só uma massa com almôndegas para os miúdos e uma carbonara a dividir entre nós.


ree

No caminho para o carro ainda aproveitámos para "turistar" mais um bocado por Waikiki.

ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

ree

Depois desta pechincha (!!) era hora de sermos novamente assaltados e pagarmos 50 dólares pelo parque onde tínhamos parado o carro. Tínhamos que rapidamente fugir do Havaí! Este problema do visto ia-nos sair caríssimo por cada dia que ficássemos cá e fomos dormir na esperança de que amanhã a situação da Mariana já estaria resolvida.



Comentários


© 2022 ARE WE THERE YET? As Aventuras da nossa Família

  • Instagram
bottom of page