Dia 63: Disney World e uma grande surpresa
- marianaoliveiracos2
- 19 de mar. de 2022
- 6 min de leitura
O excitamento para o primeiro dia de Disney era mais que muito, mas também era preciso refrear um bocado os ânimos de acordar demasiado cedo. O dia de ontem tinha sido muito cansativo e teríamos dias de muita felicidade pela frente, mas seguramente também de muito cansaço.
Começámos por acordar nós, tomar banho, arranjarmo-nos, ir levantar um carrinho que alugámos para o Martim e só depois de estarmos prontos, eram quase 8h30, decidimos acordar os miúdos para começar o nosso dia.
Como não tínhamos pequeno almoço incluído e para não perdermos muito tempo, fomos até à cafeteria do hotel e comprámos uns croissants para comer no caminho.
Aqui na Disney World obrigam a marcar os 6 parques (4 temáticos e 2 aquáticos) que queremos visitar por dia e para este nosso primeiro dia decidimos ir ao Animal Kingdom. Começámos por apanhar o autocarro no hotel e passado 15 minutos chegámos ao nosso destino.





Entrámos no parque e, como tínhamos comprado um serviço de “fast pass” (Genie+), já tínhamos algumas actividades que iríamos fazer ao longo do dia, sendo que o ponto alto seria um safari. Algo que não esperávamos era de encontrar tanta gente no parque (e na Disney em geral), o que fez com que algumas atracções tivessem filas consideráveis. O serviço Genie+ só dá para fazer uma marcação a cada 2 horas, pelo que também não permite fazer tudo aquilo que se quer quando há filas como as que apanhámos.
Começámos por ver os vários animais que estão espalhados ao longo do parque e de repente tivemos o primeiro grande momento da estadia na Disney: um barco a passar ao nosso lado com o Mickey, a Minnie e o Pluto. O Martim, apesar de já saber que são pessoas que estão por baixo das máscaras (não sabemos quem lhe contou ou como percebeu), gosta bastante de ver, mas a felicidade da Vera quando viu as personagens é algo que não dá para descrever! Não parava de dizer adeus, bater palmas e mandar beijinhos. Estava no céu! A magia de trazer miúdos pequeninos à Disney é única e já tínhamos sentido o mesmo quando o Martim tinha 2 anos e meio e o levámos a Paris.
Enquanto não chegava a nossa hora do safari de jeep, fizemos um “walking safari” para ver alguns répteis, peixes e uns chimpanzés. Quando saímos era hora de nos dirigirmos finalmente para o nosso safari de carro. Conseguimos ver vários animais entre zebras, girafas, rinocerontes, elefantes, chitas,.. Parecia que estávamos em África! O carro vai passando por vários “ambientes” e ao longo dos mesmos vamos encontrando estes diferentes animais.
















Mal saímos, demos de caras com uma das 1.000 lojas que há dentro dos vários parques e quando a Vera viu uma máquina que fazia bolas de sabão da Ariel ficou maravilhada. Antes de chegar, para evitar birras e desilusões tinhamos combinado que cada um podia escolher um presente e uma máscara da sua personagem preferida. A Vera sempre decidida ao fim das primeiras horas no Parque já tinha a certeza de qual queria. Já o Martim, mais poupado, preferiu esperar para ver o que iria encontrar mais nas outras lojas.


Antes de chegarmos à Disney tentamos marcar os restaurantes, mas já estavam quase todos cheios. Para este dia o plano seria almoçar num qualquer mesmo que não tivesse muita graça. Percebemos que perto da loja onde comprámos o brinquedo da Vera era o restaurante mais badalado do Animal Kingdom, chama-se “Tusker House”. Resolvemos ir tentar a nossa sorte, mas como esperado estava cheio. Deram-nos a dica de tentarmos reservar através da aplicação pela Walk-up List e foi o melhor que fizemos, porque pouco depois conseguimos garantir que tínhamos mesa às 14h00.
Até à hora do almoço, resolvemos passear pelo parque e descobrimos uma zona toda virada para dinossauros e claro o Martim delirou! Encontrámos uma animação com “triceratopos” voadores e como a fila era pequena resolvemos ficar para andar.




O Martim (pai) foi andando para o restaurante enquanto a Mariana e os miúdos acabavam de andar no carrossel. Quando acabou a volta foram-se juntar ao Martim e à grande surpresa que tínhamos preparado. Nem a Vera nem o Martim sabiam que no restaurante iriam estar personagens e como seria de esperar assim que entrámos, houve novamente uma explosão de alegria. O grande problema é que por causa do COVID os miúdos não podem abraçar e tocar nos bonecos. Têm sempre de manter uma “distância de segurança” o que torna a experiência francamente pior. Apesar disso, amaram o convívio e vibravam a cada vez que um personagem entrava na sala.

No caminho para o almoço a Mariana e os miúdos ainda viram a Pocahontas.





Saídos do almoço fomos ver um mini musical do Rei Leão. Durou uns 20 minutos e foi espectacular! Tínhamos tentado ir de manhã, mas tinha uma fila de cerca de 90 minutos, recomendaram que voltassemos depois do almoço e conseguiríamos entrar rápido. Dito e feito! Passou directamente para o top de animações preferidas deste parque. Adorámos todos. Quando o espectáculo acabou eram quase 16h30, pelo que estava na hora da Vera fazer uma sesta. Deitámos o carrinho e estava tão cansada que passado 10 metros já tinha adormecido.





O Martim aproveitou que a Vera fazia a sesta para comer o gelado mais caro da história dos gelados!
Voltámos para a Dynoland, onde o Martim estava encantado com cada pormenor. Aproveitando a sesta da Vera, os Martims foram fazer um simulador onde se viam vários dinossauros. O Martim (filho) estava meio feliz meio assustado e a cada dinossauro que aparecia perguntava “este é de verdade pai?”. Quando saíram do simulador a Vera ainda continuava a dormir e então fomos brincar em várias actividades que havia nesta zona do parque, nomeadamente uma zona enorme que simulava ser um sítio de escavações e que permitia aos miúdos tentarem encontrar os seus próprios fósseis.





Entretanto a Minnie acordou da sesta!




Martim todo contente com o prémio do primeiro lugar!
Depois de algumas horas passadas na zona dos dinossauros, fomos andar num barco que andava pelos rios do Avatar. Os cenários eram espectaculares e até ficámos com vontade de ver o filme (sim, nunca vimos!).
Saímos a correr do Avatar e fomos para a praça central que tem a árvore grande igual à do Rei Leão. Ia haver um espectáculo de luzes que foi giro de ver.




Da árvore seguimos para um filme em 3D sobre insectos. Ao fim de 1 minuto a Vera foi a primeira desistência. Quando uma formiga decidiu espirrar e levámos com gotas de água, ela ficou completamente apavorada e quando saiu com o Martim até disse “pai, estou apavorada!”. Passado uns 30 segundos e quando várias aranhas pareciam descer por cima das pessoas, tivemos nova desistência. O Martim não achou muita piada e mesmo tirando os óculos e percebendo que não havia ali aranhas, preferiu sair!



Depois desta peripécia, e porque já se fazia tarde, voltámos a apanhar um autocarro, fomos ao hotel deixar as nossas coisas, tomar um banho e seguimos de comboio (monorail) para um hotel o nosso lado onde iríamos jantar ao Chef’s Mickey. Mais uma vez guardámos segredo que o jantar seria com personagens e quando o Martim e a Vera perceberam, apesar de já terem visto algumas ao almoço, voltaram a ficar em êxtase! Cereja no topo do bolo só mesmo quando estávamos a filmar as reacções deles para a presença dos personagens e de repente aparecem os pais do Martim de surpresa no restaurante. Miúdos nem sabiam bem se deviam abraçar os avós ou os personagens. Ficaram delirantes!







Neste restaurante, mais uma vez, não se pode tocar nos personagens e por vezes torna-se complicado explicar aos miúdos que devem manter uma “distância de segurança”. A certa altura o Martim e a Vera queriam dar um abraço ao Mickey e deu-se uma cena absolutamente ridícula que era o Mickey a fugir deles e em pânico a chamar o supervisor que vai sempre com eles para afastar as crianças. Cena patética à parte, foi um jantar óptimo, apesar da comida fraca, e foi bom matar um bocado das saudades de parte da família que já não víamos há mais de 2 meses. O jantar acabou e estávamos todos mortos! Percebemos a razão quando olhámos para o relógio e vimos já eram quase 23h00.
Temo-nos apercebido que os nossos filhos, em particular a Vera, ao invés de ficarem cansados e começar a “quinar”, à medida que as horas passam a energia aumenta e ficam completamente hiperactivos! Como era tarde já não havia comboio e enquanto esperávamos pelo Uber para voltar ao nosso hotel a Vera fez um espectáculo que deixou toda a gente a rir à nossa volta.
Eram 23h30 e finalmente chegávamos ao nosso hotel para ir dormir. Para além do calor que está durante o dia (mais de 30º), andámos mais de 11km.




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