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Dia 62: do inferno ao céu

  • marianaoliveiracos2
  • 9 de mar. de 2022
  • 4 min de leitura

Eram 4h45 e estava o nosso despertador a tocar. Com medo de não acordar, a noite não foi muito bem dormida, mas a vontade de irmos para a Disney com os miúdos era tão grande que nem parecia que estávamos cansados.

A Vera e o Martim tinham dormido vestidos para não custar tanto o despertar e ser só calçar os sapatos e enfiá-los no Uber. O Martim foi um bocado mais complicado de se levantar e a Vera parecia que eram 10h00 e tinha acabado de dormir 12 horas. Acordou com um nível de excitamento que não há descrição.



Chegámos ao aeroporto às 6h00 e até aqui estava tudo a correr conforme planeado. Começámos a fazer o check-in e tudo tranquilo com toda a documentação em ordem, desde o PCR, à vacinação, até ao momento em que a senhora decide perguntar pelos nossos ESTAs. Apesar do Martim ter pesquisado em vários sites o que era preciso para ir do México para os EUA, em nenhum apareceu que era preciso preencher o ESTA, mas infelizmente era preciso e não tínhamos preenchido. Sendo europeus temos sempre que preencher e não sabíamos disso, pelo que o Martim agarrou no computador e começou a preencher rapidamente. Passado uns 20 minutos estavam todos preenchidos e o Martim foi mostrar à senhora. Próximo problema? O estado de aprovação estava "pending" e por isso não nos deixavam embarcar. Faltavam 15 minutos para o check-in fechar e com o Martim (pai) desesperado por perceber que tínhamos acordado às 5h00 e íamos perder o vôo com tudo o que isso implicava para a frente. Aceitando que a perda do vôo era um assunto encerrado, porque jamais iríamos receber a aprovação do ESTA em 15 minutos, tivemos uma nova má notícia: agora já só poderíamos embarcar dia 5, uma vez que dia 4 não havia vôo.



O Martim fazia refresh a cada 15 segundos para ver se já tinha sido aprovado!


Eram 7h12 e recebemos a confirmação da aprovação dos nossos ESTAs e apesar de ainda termos tentado fazer o check-in, disseram-nos que já estava fechado e era mesmo impossível. Neste momento tínhamos duas opções: ou ficávamos na CDMX até dia 5 ou tentávamos ver um novo vôo para ir hoje. Decidimos optar pela segunda e percebemos que aquele era o único vôo directo para Orlando. Todos os outros que vimos, com escalas, demoravam mais de 12 horas a chegar. Optámos por procurar também vôo para Miami e encontrámos um que saía às 11h00 e não estava tão caro quanto pensámos que poderia ser. Assim, decidimos marcar esse vôo e chegados ao aeroporto de Miami alugaríamos um carro para ir para Orlando. O Martim (filho) que já se tinha desfeito em lágrimas por achar que não ia à Disney, voltou a ficar com os olhos a brilhar de felicidade por perceber que afinal iríamos embarcar passadas 3 horas.

Como no aeroporto da CDMX não há carrinhos para as malas e tínhamos que ir para um check-in na outra ponta onde estávamos, após ver a nossa figura a tentarmos levar todas as malas sozinhos, tivemos uma senhora super simpática que decidiu ajudar-nos a levar umas malas até ao quiosque da American Airlines. Quando estávamos a fazer o check-in, o Martim lembrou-se que os PCR já não seriam válidos porque já tinham passado mais de 24 horas. Assim, quando o homem pediu os testes, tentou mostrar o mais rápido possível e sem grandes zooms. Felizmente passou e conseguimos finalizar o check-in de forma tranquila!






Às 10h30 estávamos a embarcar e o Martim e a Vera quiseram como sempre ir directos ao cockpit tirar a fotografia com o piloto. Ainda nem devíamos estar na "altitude de cruzeiro" e já a Vera tinha adormecido ferrada. Como tínhamos comprado o vôo muito em cima da hora já só conseguimos os lugares do meio e coxia, mas houve uma senhora muito simpática que estava na janela ao lado da Vera e deixou que ela se deitasse com os pés em cima para dormir melhor. O Martim, depois de ter visto uns 30 minutos de tablet, disse ao Martim (pai) que estava podre e também queria dormir um bocado. Para ter abdicado de ver "episódios", como ele diz, é porque devia estar realmente cansado.



Aterrámos em Miami às 15h00 e, para um aeroporto americano e toda a sua burocracia, conseguimos sair com as malas no tempo "recorde" de 1h15. Pequeno detalhe foi que tivemos que pagar 8 dólares por um carrinho das malas!!

Era hora de ir alugar um carro e fazermo-nos à estrada, porque o caminho que o Martim tinha visto e que durava pouco mais de 2 horas, estava agora a durar mais de 4 horas por causa do trânsito.

No caminho para alugar o carro ainda tivemos mais um percalço! Foi preciso apanhar um comboio dentro do aeroporto para ir para a zona das Rent a car e quando chegamos a Mariana percebeu que tinha perdido uma das malas de mão. O Martim voltou para trás no comboio e felizmente que a mala estava no sítio onde ele achou que poderia estar. Regressou com a mala e depois de fazer mais um double check e perceber que tínhamos tudo, fomos então levantar o nosso carro.





A viagem de carro pareceu infinita! Especialmente o início que por causa do trânsito estava a fazer o ritmo mais lento e a puxar pelo cansaço de quem já tinha acordado às 5h00. Como não podíamos desiludir os miúdos e tínhamos que chegar à Disney hoje, vestimos as nossas capas de heróis e seguimos viagem. A meio, e porque não iríamos chegar a horas de jantar, fizemos um pitstop num dos 50 McDonald's que nos cruzámos ao longo do caminho.

Chegámos ao hotel às 21h30 e o excitamento do Martim e da Vera quando perceberam que tinham chegado foi algo impossível de descrever em palavras ou fotografias. A felicidade era contagiante e deixou-nos com um sorriso rasgado na cara. Depois de finalizado o check-in e de algumas brincadeiras, era hora de ir para o quarto e do Martim ir devolver o carro no aeroporto. Como o dia tinha começado às 5h00 e apesar de todo o excitamento ainda dentro do quarto, o Martim e a Vera desmaiaram quando a Mariana os deitou. Já o Martim com o processo todo de ir deixar o carro ao aeroporto só chegou ao quarto já era quase meia-noite. Outra parte boa da chegada aos EUA é a abolição praticamente total das máscaras. Achámos que ia ser preciso usar o tempo inteiro na Disney, mas felizmente só é preciso nos transportes!





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